segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

DIA DE FEIRA


                       DIA DE FEIRA


Dia de feira é uma loucura.
Acontece de tudo!
Domingo fui á feira, procurando inspiração para escrever este texto.
Fui preparada para descrever algo pitoresco. Fui caminhando por aquele labirinto de barracas. Os feirantes pareciam personagens de uma peça cômica. Apregoavam seus produtos todos de uma vez, e o alarido era grande. Os sol estava escaldante mas, continuei.
- Hei moça! Peixe fresquinho! Vai levar? Tá barato!
As senhoras paravam e apertavam com o dedo os peixes, para ver se eram frescos. Levantavam as guelras, para  se certificarem se estavam
bem vermelhas. Um inadequado procedimento.
As bactérias davam vivas!
 -Alô senhora, laranjas docinhas aqui. Mulher bonita não paga, mas também não leva!
  Pensei... isso foi um elogio ou uma advertência?
Bem, parei para comprar.
 No mesmo tabuleiro estavam lindos cachos de banana.
 Um homem de meia idade, pegou uma sem cerimônia e,com sua imensa boca devorou-a, jogando a casca ao chão.
Uma senhora de mais ou menos , uns cento e dez quilos ia passando. 
A pobre escorregou  na casca de banana, e caiu sentada com seus cento e dez quilos balançando, e o rosto banhado de suor.
 O pessoal á sua volta, esforçavam-se para levantá-la.
Quando conseguiram após muito esforço, a senhora se foi, vociferando
 e esfregando a sua protuberante traseira.
Um rapaz bem apessoado aproximou-se:
- Que falta de educação! Jogar casca de banana no chão. È o caos!
 Que povo mal educado! Talvez com seu comentário, quisesse expressar a sua revolta com o que presenciou.
O feirante ficou muito bravo.
 - Que culpa tenho eu, se esse imbecil jogou a casca de banana no chão?
   Voltou-se para o troglodita, e disse:
 -Hei senhor, não devia jogar a casca de banana no chão, seu imbecil, não tem      educação?
O homem ficou irado, e retrucou:
 - Imbecil é você, seu carcamano!
A discussão foi longe, com muitos impropérios. Resolvi continuar minha pesquisa naquela babilônia. Mas, logo adiante, mais um reboliço. Parece que a peça teatral continuava. O barulho era ensurdecedor. Todo mundo falando ao mesmo tempo!
Uma moça,vinha passando com seu carrinho de feira.
Um moleque de uns quinze anos empurrou-a, puxou-lhe a bolsa, e saiu voando como um foguete.
 - Ladrão! Ladrão! Chamem a polícia. Peguem esse moleque!
Mas, ninguém se atreveu a ir em sua perseguição.
A coisa ficou assim mesmo. A moça saiu reclamando:
 - Cadê a polícia desta cidade?
Foi embora, pois sabia que não iria recuperar o seu dinheirinho, e que a polícia não ia aparecer.
Alguns camelôs, vendiam Cds piratas, cigarros e várias bugigangas, quando apareceu o Rapa. Foi uma correria. Muitos foram apanhados, e tiveram suas mercadorias confiscadas. Prejuízo!
Por fim chegou a hora da Xepa, hora em que chega o pessoal mais pobre da região para comprar o que restou mais barato, ou catar o que estava esparramado pelo chão, junto a caixotes de lixo.
Crianças e adultos digladiavam-se por uma laranja, frutas meio apodrecidas, talos de verduras, e tudo mais que pudessem aproveitar.
È muito triste, ver ao que a necessidade obriga. 
No final, cerra-se a cortina com um desfecho que nos faz refletir sobre o mundo em que vivemos.
Voltei para casa, com a sensação de que não deveria ter ido á feira naquele dia de domingo!

(POR ESTHER FELICIDADE)




CAMINHANDO

CAMINHANDO

CAMINHO PELA ESTRADA
OLHO PARA TRÁS
O QUE VEJO?
BEM AO LONGE
UMA MENINA
SAPECA E TRAQUINA
ALEGRE, FELIZ.

 OLHO PARA TRÁS
O QUE VEJO?
MOÇA BONITA
INOCENTE LEVANDO A VIDA.

MAIS Á FRENTE
NOIVA VIRGEM PURA
NUM VESTIDO BRANCO
VÉU ESVOAÇANTE  AO VENTO

CONTINUO A CAMINHADA.
NÃO QUERO OLHAR PARA TRÁS
LEMBRO-ME DA TRISTEZA
DAS LÁGRIMAS SENTIDAS
ILUSÕES PERDIDAS
QUE DEIXARAM CICATRIZES
FERIDAS PROFUNDAS
NO PENSAMENTO.

RENOVEI MINHA HISTÓRIA
RENASCI COM NOVO ALENTO
DESPERTOU O AMOR NOVAMENTE
NO MEU CORAÇÃO CARENTE

OLHO PARA TRÁS
O QUE VEJO?
UMA NOVA MULHER
 REALIZANDO IDEAIS
POESIAS ESCREVENDO

BATALHEI COM CORAGEM
SUPEREI OBSTÁCULOS
NADA ME DETEVE
QUANTO TEMPO TEREI   
PARA SONHAR
CONCRETIZAR DESEJOS?
NÃO SEI.

A ESTRADA FOI LONGA
 NÃO ME QUEIXAREI
AFINAL O QUE PRECISEI
PASSAR , PASSEI.

CONTINUO A CAMINHAR
AGORA MAIS LENTAMENTE
AINDA DEVO SONHAR?
SÓ DEUS SABE...
EU NÃO SEI!
(POR ESTHER FELICIDADE)




A VIDA

               A VIDA


DIZEM QUE A VIDA É BELA

MAS TUDO PASSA
VERTIGINOSAMENTE NA TERRA
 TANTAS  VOLTAS  ELA  DÁ
Ah!  PLANETA AZUL
FEITO DE QUIMERAS
SONHOS QUE O VENTO  LEVA
AMORES QUE SE VÃO
PORTAS QUE SE FECHAM
 ESCURIDÃO NA SOLIDÃO

A VIDA É BELA
DIZ O POETA
SEUS PENSAMENTOS
 GIRAM NO COSMO
VIAJANDO POR MOMENTOS
NO PLANETA AZUL
A TERRA


 SONHAMOS ACORDADOS
DESPERTAMOS NO OUTONO
COM SAUDADES DA NOSSA PRIMAVERA
  VIVEMOS DE LEMBRANÇAS
A VIDA
NÃO SE IMPORTA COM O TEMPO
TANTOS   IDEAIS,DESEJOS
PERDIDOS NA ESFERA
QUE GIRA LOUCAMENTE

A VIDA PASSA APRESSADA
QUANDO DESPERTAMOS
 A VIDA JÁ ERA!
A VIDA
É BELA ENQUANTO  DURE
TUDO PASSA
POSSAMOS NÓS TER PAZ
NA VIDA ETERNA!

(POR ESTHER FELICIDADE)



sábado, 23 de janeiro de 2016

MAGIA

MAGIA
PERFUME DE JASMINS
ENEBRIAM A NOITE
 SERES ELEMENTAIS
DUENDES E FADINHAS
NA FLORESTA BRINCAM
OCULTEMENTE NOS VIGIAM
PARA NÃO OS PERTURBAR
SÃO TÃO MISTERIOSOS
FOGEM AO NOS VEREM PASSAR

OS HOMENS LHES METEM MEDO
PROCURAM SE ESCONDER
PARA NÃO SEREM ELIMINADOS
PEQUENINOS SERES
AMAM AS FLORES
AS ÁRVORES FRONDOSAS
NAS MATAS OS ESCONDEM
SÃO MÃES AMOROSAS
ABRIGO DOS PEQUENINOS

A LUA APARECE LUMINOSA
ELES DANÇAM
CANTAM DE ALEGRIA
SEUS FEITIÇOS PODEROSOS
SÃO TESOUROS SECRETOS
NUNCA REVELADOS
VIVEM ISOLADOS COM CUIDADOS
PARA NÃO SEREM ENCONTRADOS
SÃO DELICADOS E GENTIS
PELA LUA ENAMORADOS
 VIVEM TRANQUILAMENTE
 NUM MUNDO
AINDA NÃO EXPLORADO
FADINHAS E DUENDES
SERES ENCANTADOS
PELAS FEITICEIRAS
SÃO CHAMADOS
 A ENSINA-LAS SORTILÉGIOS
EM RITUAIS SECRETOS
APRENDEM  SEGREDOS
POR ELES REVELADOS.
EM NOITES DE MAGIA
À LUZ DO LUAR VELADO.

(POR ESTHER FELICIDADE